“Enquanto eu mantinha escondidos os meus pecados, o meu corpo definhava de tanto gemer. Pois dia e noite a tua mão pesava sobre mim; minhas forças foram-se esgotando como em tempo de seca…”
Os primeiros versículos do Salmo 32 do Rei Davi talvez descrevam um dos momentos mais angustiantes e tristes da vida daquele que era conhecido por ser “segundo o coração de Deus”.
Davi sabia bem o que estava escrevendo, pois sentia na pele o peso de encobrir seus feitos e não confessá-los seu adultério com Betsabé, sua conspiração para matar o marido enganado (Urias) e seus planos para manter todos os seus erros em segredo por pouco não custaram a vida do maior rei que Israel já teve apesar de ter sido escrito há milhares de anos esse salmo poderia representar o drama de muitos nos dias de hoje.
Muitos se escondem e vivem fugindo da perseguição da culpa e de acusações. Outros se arrastam tentando carregar um peso que um dia não darão mais conta de suportar ha os que lutam para sorrir mesmo tendo em seu interior uma angústia que leva ao desespero e à tristeza. São as consequências dos pecados encobertos são os custos de não enfrentar a confissão.
A confissão de pecados é um mandamento e também um pré-requisito para receber o perdão de Deus. A primeira epístola escrita pelo apóstolo João traz esse ensinamento:
“Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 Jo 1, 9).
O Rei Davi, ao ser repreendido pelo profeta Natã reconheceu o seu erro e confessou:
“Purifica-me do meu pecado. Pois eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim. Pequei contra ti, contra ti somente, e fiz o que é mau perante os teus olhos” (Sl 51,2-4).
“Quem confessa os próprios pecados está em harmonia com Deus. Deus acusa teus pecados; se te associas a Deus, destróis o que fizeste para que Deus salve o que ele fez”. (Santo Agostinho)
“A confissão que é a purificação da alma deve ser feita ao menos uma vez por semana. Não é possível manter a alma longe da confissão por mais de sete dias.” (São Padre Pio)
“Aqueles que se aproximam do sacramento da Penitência obtêm da misericórdia de Deus o perdão da ofensa a Ele feita e, ao mesmo tempo, são reconciliados com a Igreja, que tinham ferido com o seu pecado, a qual, pela caridade, exemplo e oração, trabalha pela sua conversão” (CIC 1422).
Coloquemo-nos isso em nossa vida, para que a confissão seja realmente um alivio para nossa alma, pois a confissão nos concede a graça e alivio espiritual e muitas vezes o conforto corporal e concede também a saúde da alma e do coração.
Luciano Nunes.
Luciano Nunes é casado com a Aline, ambos são pais do Gabriel de 17 anos, a Luciana de 15 anos e a Maria Clara de 10 anos. O casal faz caminho de consagração para à Comunidade.
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