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Capítulo 5 de 52
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1Percorrei as ruas de Jerusalém, olhai, perguntai; procurai nas praças, vede se nelas encontrais um homem, um só homem que pratique a justiça e que seja leal; então, eu perdoarei a cidade.
2Mesmo quando juram: “Pela vida de Deus!”, é para prestar falso juramento.
3Senhor, não se compraz o vosso olhar em contemplar a lealdade? Vós os feris, e eles não sentem a dor; vós os abateis, e recusam aceitar a correção. Mais duro que o rochedo apresentam o semblante, recusando converter-se.
4E a mim mesmo eu dizia: são apenas vulgares e insensatos, porque não conhecem os caminhos do Senhor, a Lei do seu Deus.
5Irei procurar os grandes para falar-lhes, pois que eles conhecem as sendas do Senhor, a Lei do seu Deus. Mas todos esses também quebraram o jugo, e romperam os laços.
6Eis por que o leão da floresta os ferirá e o lobo da estepe os dizimará; a pantera os espreitará em suas cidades; e aquele que dela sair será despedaçado, porquanto numerosos são os seus delitos, e sem conta suas revoltas.
7Por que perdoar-te? Teus filhos abandonaram-me; juram por deuses que não o são. Cumulei-os de dons; e eles cometem o adultério, acercando-se das casas de devassidão.
8Garanhões bem nutridos, no calor do cio, cada qual relincha ante a mulher do próximo.
9E não os punirei por esses crimes? – oráculo do Senhor. Não se vingaria minha alma de semelhante nação?
10Escalai muros (de minha videira), destruí-a, mas não a aniquileis completamente. Arrancai-lhe os sarmentos, porquanto não pertencem ao Senhor.*
11A casa de Israel e a casa de Judá foram-me infiéis – oráculo do Senhor.
12Renegaram o Senhor, e exclamaram: “Não há Deus! Nenhum mal nos advirá, não veremos a espada e a fome.
13São apenas vento os profetas, de ninguém são arautos; assim lhes aconteça a eles mesmos”.
14Por isso, o Senhor, Deus dos exércitos, vos diz: “Já que tendes essa linguagem, vou introduzir minhas palavras como fogo em tua boca, e desse povo fazer lenha que a chama devorará.
15Ó casa de Israel, vou lançar contra vós uma nação que vem de longe – oráculo do Senhor –, nação antiga e poderosa, da qual não compreendes a linguagem, e ignoras a fala.
16Sua aljava é qual sepulcro escancarado, e seus homens todos são valentes;
17ela devorará tuas searas e teu pão, devorará teus filhos e tuas filhas, devorará teus rebanhos e teu gado, devorará tuas vinhas e tuas figueiras, à ponta da espada conquistará as praças fortes nas quais depositas tua confiança”.
18“Mesmo, porém, naqueles dias” – disse o Senhor –, “não vos exterminarei de todo.”
19E, quando disserdes: “Por que assim nos tratou o Senhor Deus?” – responderás –: “Assim como me abandonastes para servir em vossa terra a deuses estrangeiros, assim também servireis a es- trangeiros em terra que não é a vossa”.*
20Anunciai isto à casa de Jacó, proclamai o que segue à terra de Judá:
21“Escutai bem, povo insensato e sem inteligência: vós que tendes olhos para não ver e ouvidos para não ouvir:
22Não temeis a minha face? – oráculo do Senhor. Não tremeis diante de mim, eu que fixei a areia como limite ao mar, barreira eterna que não será ultrapassada? Por mais que se lhe agitem as ondas, são impotentes, murmuram, mas não vão além;
23enquanto tiver esse povo um coração indócil e rebelde, recuará e irá embora”.
24E em seu coração não dirá: “Temamos ao Senhor, nosso Deus, que no tempo devido nos manda a chuva do outono e a chuva da primavera, e nos garante as semanas destinadas à colheita”.
25Foram vossas iniquidades que alteraram essa ordem, vossos pecados que vos privaram desses bens.
26Porquanto perversos se encontram no seio de meu povo, que espreitam, de tocaia, como caçadores de pássaros, armando laços para apanhar os homens.
27À semelhança de uma gaiola cheia de pássaros, assim estão suas casas repletas de fruto de suas presas. Por esta forma tornam-se ricos e poderosos,
28e se apresentam nutridos e reluzentes; ultrapassam, porém, os limites do mal. Não procedem com justiça para com o órfão, mas prosperam! E não fazem justiça aos infelizes!
29Como não repreender tamanhos excessos – oráculo do Senhor –, e não vingar-me de semelhante nação?
30Coisas horríveis, espantosas, ocorreram nesta terra:
31mentem os profetas em seus oráculos, os sacerdotes dominam pela força. E meu povo mostra-se satisfeito! Que fareis vós, quando chegar o fim?